I - O Shogui ( Shogi - xadrez japonês ) é um jogo sobre um tabuleiro ( ban ) de 81 retângulos, sendo 9 na vertical ( 36 cm.) e 9 na horizontal ( 33 cm.). Com total de 4O peças ( comá ), sendo 20 para cada enxadrista ( kishi ); existem 8 tipos de nomes e características (poder e sistema de movimentação) diferentes. Este artigo é uma simples apresentação; maiores detalhes como a denominação das peças e as respectivas regras, o valor de cada peça, etc , vide Notas no rodapé (*).
É um entretenimento de destreza mental, coadjuvado pela estratégia, matemática, psicologia e estado físico, enfim, um bom e agradável divertimento. Quem já conhece o Xadrez Ocidental ( Xa.Oc.) ficará mais fácil de assimilar o Shogui.
O Shogui é fundamentalmente diferente do Xa.Oc., nos seguintes pontos :
a) as peças que são capturadas podem ser reutilizadas no mesmo jogo pelo adversário;
b) todas as peças ( com exceção do Rei e do Kin - ouro ) serão promovidas quando penetrarem (alcançarem) a linha do adversário ( às três primeiras linhas, id est, 1, 2 e 3 ou 7, 8 e 9 (*);
c) rarissimamente, acontece o empate ( cenichité ) ;
d) média de um jogo para terminar é de 110 lançamentos, no mínimo, 2 vezes mais que o Xa.Oc. ;
e) conforme o torneio, poderá se jogar 5 ou 7 vezes para se decidir quem será o campeão ( quem fizer 3 ou 4, respectivamente – é vencedor );
f) inexiste lance de roques;
g) demais movimentos irregulares, vedações e outras, seguir as normas (*);
{ lançamentos ou movimentos }
II - Dentre outras evidências interessantes do Shogui: há o Tsumeshogui – um típico
quebra-cabeça ( é um bom treino para utilização na fase final ), no movimento em que o enxadrista sequencialmente dá xeque no REI até imobilizá-lo.
No Xa.Oc. é impensável: in Shogui existe perseguição seqüencial de xeque de 611 lançamentos, da autoria do grande mestre ( meijin ) Ito Kanju ( 1719-1760 ), no livro “KanjuZukan”; quando o escreveu tinhas apenas 13 anos de idade.
Era considerado no mundo enxadristico ( especialmente, Tsumeshogi Kai ) imbatível essa obra monumentale do menino-gênio. No entanto, nos idos de 1955, um jovem de 21 anos, publicou na revista “Shogi”, um trabalho inédito de xeque de 871 lances sequências ( denominado : ‘ shin-ogi-zume ’ ) ! ! !
Considerada uma obra prima dessa grandeza ( imortal !? ), desse jovem desconhecido que se chamava Koyu (Yukio) Okuzono, e que logo após a sua publicação falecera prematuramente. É uma grande e irreparável perda no orbe enxadrístico.
Por volta de 2006 um físico japonês programou “Eletronic Shogi” e desafiou a classe de enxadristas para medir as forças. O Presidente da entidade indicou um campeão ( Ryuô ) para enfrentá-lo. Nesse primeiro combate o enxadrista derrotou a máquina. Lembremos do embate entre o computador da IBM ( Deep Blue ) e o campeão mundial de xadez russo Garry Kasparov em 21/05/97 que ocorreu o contrário: a máquina o venceu e ... ( depois ... deu empate ..... ).
Acreditamos, está na hora de difundir o Shogui na sociedade brasileira ( pode ser jogados sem distinção de classe, sexo, idade, etc.); é um jogo agradável e, principalmente para os idosos como prevenção para o Alzheimer......, pois, ativa os neurônio, memória, raciocínio etc. O Shogui está penetrando nas diversas camadas, inlusive militares, nos USA, Canadá e alguns países da UE inclusive América do Sul ( Argentina, Chile... ) é uma espécie de excelente “briga mental”-exercício físico-cerebral ( ‘slow training cerebral’ ). Esperamos sua popularização. Nov/08.
Nota:(*)Consulte - ABS-Associação Brasileira de Shogui - R. Galvão Bueno,17 ~19, 3º and. “Liberdade” f: 011 3209-7687 - São Paulo (SP) - 63 anos de Fundação - Editor - Um livreto “Como Jogar Shogui ( Xadrez Japonês )” - Shogui para Iniciantes - Excelente publicação, ótima tradução, com infografia - Tabuleiro - peças etc.
Idem, www.nhk.or.jp/nhk.world/ english - japonês
